Expovinis – São Paulo

Ontem 06/06 fui visitar a feira Expovinis em São Paulo.

Sempre a procura de novidades italianas (produtores novos, uvas autóctonas e história para ouvir) no lugar onde sempre foi a porta de entrada.

Grandissima foi a decepção com o tamanho “mini” do evento, jamais poderia imaginar que em 5 minutos poderia percorrer o perímetro do evento.

Talvez isto seja realmente o espelho da realidade econômica atual.

Nenhuma vinícola brasileira de porte e nem a cor dos grandes importadores a não ser a presença corajosa da Casa Flora, Premium e mais duas apresentando vinhos do mundo, básicos na sua maioria.

Praticamente neste “território” árido, seco quando consegui avistar algo italiano para mim era sinônimo de alegria, quase uma oásis no deserto.

A essa altura qualquer tipo de “água” seria uma benção, mas aqui o santo fez milagres.

Tive a sorte neste cenário de encontrar um produtor da Lombardia (Ca’ Maiol Viticultori di Lugana) que me fez provar vários vinhos entre ele um branco de uva Trebbiano com passagem em madeira verdadeiramente gastronômico (Fabio Conatto Lugana) e três tintos. O primeiro tinto feito de uva Groppello bem frutado e fresco, o segundo de qualidade superior devido a sua complexidade e o terceiro feito de uvas passificadas por um mês ao estilo Amarone della Valpolicella.

Antes de me despedir dos produtores italianos eles ainda me abriram um vinho da Calabria de uva Magliocco que estava sendo trazido pelo mesmo importador, também um vinho de espressão territorial.

As surpresas não pararam por ai, encontrei alguns produtores da minha amada terra.

O primeiro o Sr. Pietro, proprietário da Cantina Chitarra que dentro de um contexto de cooperativa produz vinhos de qualidade a preço justos, entre eles o clássico cavalo de batalha da Sicilia a Nero d’Avola, um Nero d’Avola cortado com Cabernet Sauvignon e um Nero d’Avola com Syrah veramente bom e barato.

Durante este mini percurso ainda encontrei para provar um Nerone di Calabria , casta típica calabrese bem interessante para comida seria.

O ponto alto da visita neste evento foi conhecer o Sr. Stefano Caruso, proprietário super gentil, disponível sempre em me responder as minhas perguntas técnicas.

Provei um Zibibbo vinificado em seco, um Catarratto, um Nero d’Avola bio dinâmico muito fresco e frutado, um outro Nero d’Avola básico mas pleno, um Nero d’Avola de nome Cutaja de potência mas refinado e por último um Syrah Riserva Delia Nivolelli DOC 2010 do mesmo lote que a poucas semanas ganhou o número UM entre as medalhas de ouro em Frankfurt 2017 na Alemanha. Seria o top dos tops.

Talvez se a feira tivesse um tamanho maior não teria a sorte de encontrar estas pessoas, com suas histórias e com os seus vinhos, é por isso que de qualquer forma sempre valeu a pena.

Obrigado e peço desculpa para aqueles que me receberam com carinho e não mencionei.

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