Caros amigos,
Existem diversas teorias sobre a origem da casta Syrah.
A primeira defende que ela teria sido trazida para a Europa por navegadores e colonos gregos, oriundos da cidade de Shiraz, no Irã.
A segunda versão — na qual eu, como bom siciliano, acredito (rsrs) — é que a Syrah nasceu na Sicília, mais precisamente em Siracusa.
E não é para menos: os Syrah da minha terra quase sempre se destacam, a ponto de, em muitos casos, desviar a atenção da célebre Nero d’Avola, casta símbolo da ilha.
A verdade é que a origem da Syrah permanece envolta em mistério. O que, no entanto, está consolidado e confirmado é o apreço que ela desperta em todo o mundo. Onde quer que seja cultivada, a Syrah consegue expressar complexidade, corpo e atributos organolépticos marcantes, que encantam até os paladares mais exigentes.
Na minha viagem à Sicília, em 2024, durante um tour enogastronômico com meu grupo, visitei a Feudo Maccari, vinícola localizada no sul da ilha, na cidade de Noto — conhecida como a “capital barroca da Itália”.
Trata-se de uma cantina de porte pequeno/médio para os padrões sicilianos, mas com vinhedos belíssimos, de solos pedregosos e brancos, que resultam em vinhos diferenciados de grande identidade e diversidade.
Entre os rótulos que trouxe comigo na mala, destaco o Maharis Syrah 2021 – Feudo Maccari, já conhecido de outras safras:
Cor: rubi com reflexos levemente roxos
Perfume: complexo, com notas de iguarias, casca de laranja, toques balsâmicos, folhas de tabaco, pó de café e cacau amargo.
Sabor: os aromas retornam em boca, com taninos firmes, bem resolvidos e lapidados; corpo médio a encorpado, estrutura que equilibra “força” e elegância, culminando em um final inesquecível.
Resumo: um vinho que merece espaço em qualquer adega. Ele reúne as qualidades que encantam os apreciadores mais exigentes e, ao mesmo tempo, representa com brilho a enologia italiana de alta qualidade.
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